segunda-feira, 30 de junho de 2014

Beyoncé é eleita celebridade mais poderosa do mundo pela Forbes

Além das vendas do álbum "Beyoncé", lançado no ano passado, a cantora recebeu milhões de dólares de contratos de patrocínio e de sua linha de roupas
 
FOTO: DIVULGAÇÃO
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A cantora pop Beyoncé é a celebridade mais poderosa do mundo. Pelo menos segundo a revista americana Forbes, que lista ainda o jogador de basquete LeBron James e o produtor musical e rapper Dr. Dre, no ranking divulgado nesta segunda-feira, 30.

Bey, aos 32 anos, desbancou a apresentadora Oprah Winfrey, primeiro lugar na lista de 2013 (agora aparece em quarta posição). A Forbes atribuiu a liderança da cantora pop à sua extensa turnê. No último ano, ela recebeu ganhos estimados em US$ 15 milhões.

A revista também lembra que a estrela arrecadou, em 95 shows, uma média de US$ 2,4 milhões. Além das vendas do álbum "Beyoncé", lançado no ano passado, a cantora recebeu milhões de dólares de contratos de patrocínio e de sua linha de roupas. Jay-Z, o marido de Bey, ainda aparece em ótima posição: 6° lugar.
Outras cantoras que aparecem entre os dez primeiros lugares são Rihanna (8°) e Katy Perry (9°). Embora Beyoncé não seja a que mais arrecadou na lista, a Forbes disse que sua presença na imprensa e nas mídias sociais justificam a posição.

Poder
Para o ranking, a Forbes compila os ganhos antes do pagamento de impostos entre 1º de junho de 2013 e 2014 oriundos de turnês, livros, contratos, patrocínios, filmes e outras fontes de renda residuais. Além disso, acessou as plataformas do site StarCount para determinar presença no Facebook, Twitter e Youtube.

De acordo com a própria revista, a fama e a influência são medidas pela frequência com que as celebridades apareceram na mídia e pelo impacto que tiveram na indústria de entretenimento e na cultura. A maioria dos contemplados na lista “global” é norte-americana.

Lista
O cantor do sucesso “Happy”, Pharrell Williams, estreou na lista deste ano na 38ª posição. Além dele, entraram no ranking o cantor e vencedor do Grammy, Bruno Mars (13ª), e os atores Bradley Cooper ( 48º) e Matthew McConaughey (52º).

Quem saiu da lista foram: a cantora Madonna, o jogador de futebol aposentado David Beckham, as atrizes Kristin Stewart e Charlize Theron, o empresário Donald Trump e os atores Alec Baldwin, Tom Cruise e Adam Sandler.
Confira o 10 primeiros colocados: 1°. Beyoncé, cantora
2°. LeBron James, jogador de basquete
3°. Dr. Dre, produtor musical
4°. Oprah Winfrey, apresentadora de TV
5°. Ellen DeGeneres, apresentadora de TV
6°. Jay Z, rapper
7°. Floyd Mayweather Jr., boxeador
8°. Rihanna, cantora
9°. Katy Perry, cantora
10°. Robert Downey Jr., ator
Redação O POVO Online

sábado, 21 de junho de 2014

10 anos sem Leonel de Moura Brizola


Neste 21 de junho, há 10 anos, perdemos a nossa mais autêntica e expressiva liderança e o Brasil ficou privado da sua maior referência política.
Por oportuno, destacamos trechos do discurso proferido pelo nosso valoroso companheiro e competente Senador Cristovam Buarque, lamentando a ausência do grande líder no cenário político brasileiro: “Medimos os grandes políticos pela presença deles no cenário nacional quando estão vivos, mas medimos a importância dos maiores de todos pela ausência deles”.


E Brizola foi um político de presença firme ao longo de todas as décadas de sua atividade política. Ele nunca esteve discreto na vida pública brasileira. Sempre teve um lado claro, firme, em defesa da Nação brasileira, em defesa dos trabalhadores brasileiros.
Veja também:

Brizola faz falta nesse mundo em que, aparentemente, não há bandeiras claras, nítidas. Ele carregava em si uma bandeira. Ele falava com uma posição, com um lado, com uma nitidez de princípios e de propostas, sem esse furta-cor que hoje caracteriza as bandeiras dos partidos no Brasil. Brizola faz falta na soberania nacional, na nitidez de posições que digam: existe um lado, e existe outro lado, não esse meio-de-campo em que todo mundo hoje está se misturando.
Brizola faz muita falta, sim, porque era a voz, respeitada nacionalmente, capaz de colocar no cenário nacional a prioridade radical pela educação. É diferente o discurso que põe essa bandeira na boca de outros ou na boca do grande Leonel Brizola, até porque ele fez esse discurso há mais de cinquenta anos.Hoje, no momento em que o grande capital é o conhecimento, no momento em que a base do progresso é a educação, a fala de Brizola estaria incendiando este País por uma revolução.
Brizola está fazendo falta, porque ele criou, há muito tempo, a verdadeira escola, que era o Centro Integrado de Educação Pública (CIEP): a escola de horário integral. Mas ele falou tão na frente, tão adiantado, que não conseguiu levar isso para o Brasil inteiro.
Brizola faz falta por que seria capaz de conduzir o Brasil nessa revolução educacional que defendia em um tempo, antes de ser essa a verdadeira razão da revolução. O grande Brizola faz falta no momento em que as leis trabalhistas exigem alguns ajustes, mas não podem ser ajustes contra os interesses dos trabalhadores.
Ele faz falta por que a voz dele seria a melhor para dizer que aqui estão as mudanças que podemos fazer, aqui está o limite além do qual a gente não vai, aqui está a maneira de mudar as leis, melhorando-as, não prejudicando os trabalhadores. Ele está fazendo falta, nesse momento, porque a voz dele daria uma força, uma credibilidade que nenhum de nós, políticos ainda vivos, temos.
Brizola tinha os princípios, a história dos princípios, a palavra dos princípios. Por isso, faz falta.
Brizola faz uma profunda falta também neste momento do vazio ideológico que vive a política no Brasil, porque ele nunca foi contaminado por uma ou outra ideologia. Ele construiu sua ideologia. Ele foi capaz de não cair nos “ismos” e criar o Trabalhismo junto com Getúlio, com Jango, com Pasqualini e com outros, mas a linha dele não seria afetada pelo debacle que a gente viu da maneira como o socialismo era feito.
Hoje, lembramos a todos que houve um político que foi grande quando vivo e que ficou ainda maior quando a gente sente sua ausência. Viva Brizola, pelo seu tamanho em vida e pelo sentimento de ausência que ele nos passa!”
O jornalista Petronio Souza, tão logo soube da morte de Brizola, assim definiu o grande líder:
“Foi gênio e genial, homem raro, daqueles que nasceu lá para as bandas dos pampas do olhar reto, direto; engenheiro por formação, queria reconstruir o país, e estruturado em valores solidificados na pedra preciosa do nacionalismo autêntico. Não enxergava limites nem divisas, para ele a Nação era o todo, sem barreiras no amor incorporado. Agora, ficamos nós com o coração vazio. Muitos não concordavam, mas ouviam. Por autoridade nacional, ele repetia, repercutia. Agora, fica faltando um bravo no céu anil do Brasil. Fica faltando as sábias palavras do grande pai nacional que, sempre, para o bem geral da Nação, ponderava. Fica faltando Leonel Brizola, o homem que fez desabrochar uma Rosa Vermelha brasileira, dentro do peito dos verdadeiros filhos da Pátria”.
Registramos a nossa profunda saudade, principalmente, neste momento, em que a corrupção, o nepotismo e a falta de ética corroem os poderes republicanos, sem que uma voz que tenha a sua credibilidade e a sua autoridade, levante-se na defesa do povo humilhado.
Para nós seus amigos e seus companheiros e para mim em particular que em 1957, aos 19 anos passei a integrar a sua equipe na Prefeitura de Porto Alegre, Brizola vive, através do legado das suas idéias, da sua coerência e da sua coragem e determinação na luta da defesa dos interesses e dos anseios do povo brasileiro e, cabe a nós, os seus seguidores trabalhistas autênticos, dar continuidade aos seus projetos e as suas propostas consubstanciadas na Missão que ele legou ao PDT:
“Nós temos a nossa responsabilidade com a história. Nosso partido é o único com determinação de assumir as grandes causas nacionais. Nenhum partido é tão nacionalista quanto o nosso. Queremos um país desenvolvido, autônomo, independente. Nós somos a emanação das lutas sociais. O Trabalhismo nasceu da Revolução de 30, de uma inspiração do Presidente Getúlio Vargas, que foi evoluindo de acordo com o processo social, empenhado em garantir direitos à massa dos deserdados.  Nós somos as verdadeiras reformas, a mudança, o voto rebelde. O PDT é um partido derramadamente democrático. Somos a expressão brasileira do socialismo democrático e tomamos a feição social democrata, pois é preciso chegar a um certo nível de igualitarismo para termos desenvolvimento. Nós temos genética, somos uma grande sementeira de idéias em beneficio do povo brasileiro. Temos que estar sempre onde está o povo. Existimos para dar voz aos que não tem voz. Nossa ancoragem é a área deserdada da população. Nosso guia é o interesse público e o bem comum”.

(*) Hari Alexandre Brust é secretário-geral do PDT-BA (pdtbahia@hotmail.com) 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Felipe VI é o novo rei da Espanha

Aos 46 anos, ele tem desafio de enfrentar baixo apoio à monarquia no país.
Felipe VI sucede seu pai, Juan Carlos I, que foi rei da Espanha por 39 anos.

Do G1, em São Paulo
Felipe, durante a cerimônia de ratificação da lei de abdicação de seu pai, Juan Carlos, nesta quarta-feira (18) (Foto: AFP)Felipe, durante a cerimônia de ratificação da lei de abdicação de seu pai, Juan Carlos, nesta quarta-feira (18) (Foto: AFP)
O Diário Oficial da Espanha publicou à 0h desta quinta-feira (19), no horário local (19h desta quarta, no horário de Brasília), a lei que oficializa a abdicação de Juan Carlos I, tornando automaticamente Felipe VI de Bourbon o novo rei do país. Felipe, antes Príncipe das Astúrias, assume o trono do qual abdicou seu pai, Juan Carlos I, que foi rei por 39 anos.

Aos 46 anos, Felipe VI tem a missão de garantir a continuidade de uma monarquia parlamentar instaurada progressivamente depois da chegada ao trono de Juan Carlos, em 1975, após ter sido designado pelo ditador Francisco Franco como seu sucessor. Seu grande desafio é agradar um país onde o apoio à monarquia está em baixa devido a uma série de escândalos que não o afetaram diretamente.
Educado para ser rei
Nascido no dia 30 de janeiro de 1968, em Madri, ele foi educado na Espanha e no exterior. Com formação militar, foi educado por toda a sua vida com o único objetivo de se tornar chefe de Estado. "Sua meta, sua única meta, é servir à Espanha. Está imbuído de forma profunda de que deve ser o primeiro servidor", confessou a rainha Sofía em certa ocasião.
O rei Juan Carlos abraça seu filho, o príncipe Felipe, durante a cerimônia na qual o monarca assinou a lei que confirma sua abdicação do trono nesta quarta-feira (18)  (Foto: Juan Medina/Reuters)O rei Juan Carlos abraça seu filho, Felipe, durante
cerimônia na qual o monarca assinou a lei que
confirma sua abdicação do trono nesta quarta (18)
(Foto: Juan Medina/Reuters)
No dia 2 de junho, Juan Carlos, de 76 anos, anunciou sua abdicação. Em discurso à nação, ele afirmou que decidiu abdicar em favor do filho para que se possa "abrir uma nova etapa de esperança na qual se combinem a experiência adquirida e o impulso de uma nova geração". E ressaltou "um impulso de renovação, de superação, de corrigir erros e abrir caminho para um futuro decididamente melhor".
O Parlamento espanhol aprovou a lei de abdicação e proclamação de Felipe VI nesta terça (17). Nesta quarta, Juan Carlos assinou a lei, a última de seu mandato. A assinatura foi referendada pelo presidente de governo (equivalente a primeiro-ministro), Mariano Rajoy.

A cerimônia de proclamação será realizada nesta quinta, no Congresso dos Deputados, em Madri, com a presença de ministros, deputados e senadores. Depois, a família real seguirá para o Palácio Real, onde receberá cerca de dois mil convidados no salão do trono.
Felipe de Bourbon, sua mulher Letizia e suas duas filhas Leonor e Sofia posam para foto em sua casa em Madri em maio de 2014 (Foto: AFP PHOTO / POOL / BORJA FOTOGRAFOS)Felipe de Bourbon, sua mulher Letizia e suas duas
filhas Leonor e Sofia posam para foto em sua casa
em Madri em maio de 2014 (Foto: AFP Photo/ Pool/
Borja Fotografos)
Imagem de rei moderno
De semblante grave, sorridente, embora mais reservado do que o pai, o novo rei sofreu durante muito tempo a comparação com Juan Carlos, em uma Espanha onde muitos se declaravam mais "juancarlistas" do que monárquicos.
Mas os diversos problemas de saúde de Juan Carlos, sua polêmica viagem em abril de 2012 para caçar elefantes em Botsuana e a investigação por corrupção contra sua filha mais nova, a infanta Cristina, e o marido dela, Iñaki Urdangarin, derrubaram a popularidade do então rei.
"A figura do rei sofreu uma deterioração e a do príncipe de Astúrias se consolida como a de uma pessoa que está muito preparada", disse no início de 2013 o professor de direito constitucional Antonio Torres del Moral.
De olhos azuis e quase dois metros de altura, o elegante Felipe se esforçou para passar uma imagem de proximidade e modernidade. Também contribuiu para isso o seu casamento em 2004 com Letizia Ortiz, uma plebeia, divorciada e jornalista, algo inédito na história da monarquia espanhola.
Dessa união nasceram suas duas filhas: Leonor, em outubro de 2005 - que passa a ser Princesa das Astúrias e a herdeira do trono -, e Sofía, em abril de 2007.
Aprendendo a ser rei
Em 1977, com 9 anos, um pequeno príncipe de cabelo loiro fez seu primeiro discurso público diante das Cortes espanholas ao ser nomeado Príncipe das Astúrias e herdeiro da Coroa.
Talvez a maior lição para ele tenha chegado quatro anos depois, quando, no dia 23 de fevereiro de 1981, assistiu junto ao rei à tentativa de golpe de Estado do tenente-coronel Antonio Tejero. "O pai quis que ele estivesse no gabinete para que o olhasse atuando", relatou Sofía no livro "La reina", de Pilar Urbano.
"Fez bem, porque quando você é um jovem de 12 anos, essas cenas, essas atitudes de firmeza do pai, essa luta para os espanhóis ganharem a liberdade e a democracia, tudo isso fica gravado na consciência e é uma lição inesquecível", acrescentou.
Depois de estudar no Canadá entre 1985 e 1988, integrou as academias militares espanholas de Terra, Mar e Ar, seguidas por outros cinco anos na Universidade Autônoma de Madri, onde estudou Direito e disciplinas de Economia. Nos Estados Unidos, fez um mestrado em Relações Internacionais na Universidade de Georgetown, em Washington.
Ao voltar à Espanha, começou a intensificar sua presença em atos oficiais, principalmente no exterior, graças ao seu bom domínio do inglês.
Catalão
Também fala com fluência o catalão, uma virtude especialmente apreciada na Catalunha, grande região do nordeste da Espanha com uma identidade marcada e pretensões de independência reforçadas pela crise econômica.
Desde 1996, ele era o representante espanhol nas cerimônias de posse dos presidentes latino-americanos, ao mesmo tempo em que concedia audiências e presidia a Fundação Príncipe de Astúrias, que concede anualmente os prêmios de mesmo nome.
Depois, as diversas cirurgias do rei desde 2010 levaram o príncipe a assumir seu papel em diversos atos oficiais.
Piloto de helicóptero e jogador de futebol amador, Felipe VI é um grande praticante de esportes, uma tradição familiar. Participou inclusive dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, com a equipe de vela, e foi porta-bandeira da Espanha na cerimônia de abertura.
Última página da lei publicada pelo Díario Oficial espanhol, assinada por Juan Carlos I e por Mariano Rajoy, presidente de governo da Espanha (Foto: Reprodução/Boletín Oficial del Estado)Última página da lei publicada pelo Diario Oficial espanhol, assinada por Juan Carlos I e por Mariano Rajoy, presidente de governo da Espanha (Foto: Reprodução/Boletín Oficial del Estado)

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