Os presidentes Barack Obama e Xi Jinping concluíram este sábado uma cimeira informal na Califórnia, com a Casa Branca a sublinhar a convergência sobre a Coreia do Norte e o clima.
No total, segundo um conselheiro de Obama, os dois líderes estiveram juntos oito horas, entre sexta-feira e sábado, em Sunnylands, uma mansão moderna e sumptuosa em Rancho Mirage, pequena cidade a leste de Los Angeles.
A simpres duração dos encontros, realizado em pequenas comitivas e desprovidos de protocolo, foi considerada significativa por Washington. Tanto Obama como Xi sublinharam que este tipo de encontros informais - os dois foram fotografados em mangas de camisa passeando nos jardins de Sunnylands - visam estabelecer “um novo modelo” de relações entre a China e os EUA.
Foi neste ambiente que o Presidente XI “tomou nota” das preocupações dos EUA em matéria de cibersegurança. Obama fez-lhe saber que este problema é “central” e que se a China continuasse com as suas práticas de ciberespionagem e pirataria informática isso constituiria um obstáculo às boas relações entre os dois países.
Xi “tomou nota” mas o seu conselheiro de Estado, Yang Jiechi, máximo responsável em matéria de Negócios Estrangeiros, voltou a repetir que o seu pais “é contra todo o tipo de ataques informáticos” e que a “a China também é vitima de ciberataques”.
Obama viu-se obrigado a defender a segurança informática do seu país num momento em que a sua própria Administração está a braços com revelação de um programa de recolha de dados privados telefónicos e online dos americanos em nome da luta antiterrorista.
Os dois países acordaram em formar um “grupo de trabalho” dedicado à cibersegurança que deverá reunir a partir do próximo mês.
Sobre a Coreia do Norte e o seu programa nuclear e balístico, o conselheiro de Obama para segurança nacional, Tom Donilon, afirmou que os dois presidentes estiveram “plenamente de acordo sobre os objectivos” deste dossier: a “desnuclearização” da península coreana.
O único comunicado divulgado pelos EUA após a cimeira Obama-Xi é referente a um acordo para um esforço comum contra as alterações climáticas, tendo como principal alvo os hidrofluorcarbonos, gases industriais considerados como “super gases” de efeito de estufa.
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