- Se o Senhor lavou os pés de seus discípulos, deve-se fazer o mesmo - disse o Papa, segundo a Rádio do Vaticano.
O acesso da mídia ao local foi limitado devido à presença de menores. Francisco, que preside pela primeira vez como Papa os tradicionais ritos da Semana Santa, lavou os pés de dez meninos e duas meninas, sendo que uma delas é católica e a outra é muçulmana. Alguns deles pediram que seus pés fossem lavados, enquanto outros foram convidados pelo Pontífice. No total, cerca de 10 meninas e 40 meninos de diferentes nacionalidades e religiões participaram da missa no Casal del Marmo.
A cerimônia foi acompanhada por cantos e música e transmitida apenas pela emissora do Vaticano. Os jovens presentearam o Papa com um crucifixo e um genuflexório feitos por eles mesmos. Francisco, por sua vez, entregou a eles ovos de chocolate e o pão típico italiano.
- Estou feliz de estar aqui com vocês. Sigam em frente e não deixem que lhe roubem a esperança. Entenderam? Sempre com a esperança, adiante - disse Francisco.
O cardeal italiano Agostino Vallini, que celebrou a missa com o Papa no presídio, afirmou que “foi uma experiência muito forte”.
- A presença do Santo Padre, as suas palavras, a sua proximidade com os jovens, o seu olhar de afeto e de amor tocaram todos - destacou Vallini, de acordo com a agência Ansa.
Ao comentar sua visita ao local, o Papa disse que os jovens lhe ajudariam a ser “mais humilde, a ser servidor, como um bispo deve ser”.
- Quando me perguntaram que lugar eu queria visitar, a escolha por Casal del Marmo me veio do coração. E as coisas do coração não têm explicação - contou.
A cerimônia de lava-pés é uma tradição nas cerimônias católicas que antecedem a Páscoa. Jorge Mario Bergoglio, que quando era arcebispo de Buenos Aires lavou os pés de pacientes com HIV, escolheu os jovens de um instituto penal para a sua celebração como Pontífice.
Mais cedo, em sua primeira Missa do Crisma como Papa, Francisco exortou os religiosos a irem às periferias, onde há sofrimento e sangue, e a serem “pastores com cheiro de ovelha”. O Pontífice pediu aos sacerdotes que superem a crise de identidade “que ameaça a todos e se soma a uma crise de civilização” e que não sejam meros gestores, mas mediadores entre Deus e o povo. Segundo ele, o sacerdote que não vai às ruas, se distancia dos fiéis.
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