Folha mostra a casa de ex-banqueiro despejado no Morumbi
DE SÃO PAULO
Flávio Florido/UOL
Parece um museu. Logo após a garagem, entra-se num hall com uma pintura feita diretamente na parede pelo norte-americano Sol Lewitt. Na beira da piscina coberta, há um trabalho de Frank Stella, outro artista americano que se projetou nos anos 60. No jardim, há esculturas de Tunga, de Amilcar de Castro e da francesa Nikki de Saint Phaile.
É a casa do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira. A Folha foi o primeiro jornal a visitar o imóvel após a Justiça despejar Edemar, na última semana. A visita foi autorizada pelo juiz que determinou o despejo, Régis Rodrigues Bonvicino.
O choque maior é com a coleção que está na sala de estar. Ali estão expostos algumas das obras mais caras da coleção de Edemar: são telas de Robert Rauschenberg, um dos fundadores da pop arte, de Sandro Chia, um dos principais nomes da pintura italiana dos anos 80, e dos alemães Geeorg Baselitz e Karel Appel. Os artistas nacionais não ficam atrás: há dois Portinaris, Di Cavancanti, escultura em bronze de Maria Martins e a cerâmica de um touro de Brecheret.
A casa tem 4.100 metros quadrados, uma área que comportaria 82 apartamentos de 50 metros quadrados, como os que são feitos pelo programa Minha Casa, Minha Vida, por exemplo. Custou R$ 142, 7 milhões, segundo documentos de 2002, em valores não atualizados.
Se estivesse nos Estados Unidos, entraria na lista das dez casas mais caras da revista "Forbes".
Se Edemar não conseguir reverter a ordem de despejo, o próximo passo será leiloar o imóvel. O valor arrecadado será distribuído entre os credores do Banco Santos, que quebrou em novembro de 2004, deixando um rombo de R$ 2,2 bilhões.
Edemar saiu às pressas do imóvel na semana passada, segundo os seguranças. Levou apenas um pijama para o flat em que está com a mulher, Márcia.
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